quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Confissões de um Tarado

Buenas people, como na quinta é dia de um tarado diferente postar suas história aqui, vou colocar o texto que o Alexandre me pediu:

Atendendo a um convite (não lembro de quem), estou mandando o texto para publicar no blog.

Macacos me mordam!
Foi com esta interjeição de espanto, que deve ser do tempo em que o Nelson, vovô dos blogs Colorados, atirava burquinhas com seu estilingue em pardais e vidraças, pelas ruas de Porto Alegre, que conheci o Bundas me Mordam (BMM).
Acho que o Nelson vai saber perdoar-me esta brincadeira, pois ele nem é tão mais velho que eu, assim, e provo. Quando eu andava de estilingue nas mãos, pés decalços, umbigo de fora, atrás de pardais e vidraças, havia um outro slogan que ficou marcado em minha memória: "Continental, paixão nacional". Volta e meia mudava o alvo das estilingadas, e mirava, com mamonas ou santa-bárbaras no lugar das burquinhas, as costas peladas do resto da molecada. Tempo bom.

Pois é, deste tempo lembro bem de algumas coisas. Que os jogos do Inter eram, sempre, de um time de calções brancos e camisas em tom de cinza claro, contra outros, pois nossa TV era preto e branco. Mas sabia que meu time era vermelho e branco, pois a revista Placar, que chegava todas as quartas nas bancas, era colorida. E lembro que o Continental não era "paixão nacional", pois meu pai e a maioria dos parentes fumava Hollywood ou Minister, nunca Continental.

Os filmes da época eram censurados, e nos cinemas havia a sessão da madrugada, chamada "Sala Especial", onde passavam os tais "filmes pornôs". Eu e o resto da molecada ficávamos de butuca, esperando o porteiro dormir e, como a porta ficava encostada para qualquer um poder sair, quaisquer outros poderiam entrar por ali, certo? E lá íamos nós, matar nossa curiosidade e ver cenas onde, de sexo mesmo, nada aparecia. A censura, olha que coisa ridícula, botava umas tarjas pretas nas "genitálias" de homens e mulheres, nem peitinho escapava, e eles colocavam umas bolinhas pretas nos seios das mulheres. Ridículo, mas para nós era o mais perto que chegávamos de ver uma mulher pelada. A primeira versão que vi, de "Laranja Mecânica", foi assim, com tarjas e bolinhas pretas por todo o filme.

Mas em poucos anos a censura acabou, os filmes estavam um pouco mais liberados, e também pude descobrir qual era, na real, a verdadeira paixão nacional: a bunda. Putz! Lembro da Rose di Primo, da Rita Cadilac e, principalmente, da Gretchen. Acreditem, esta gelatina ambulante já foi muito gostosa e tinha uma bunda de derrubar um edifício de 80 andares! As noites de sábado eram uma longa espera pela Gretchen dublando "Freak le bumbum", e rebolando com aquela cara de putão, mais a Rita Cadilac e outras chacretes deliciosas, numa profusão de bundas estonteantes... affffffffff!!! Como era muito novo ainda, não saía na balada para descontar na mulherda, inevitavelmente me acabava em punheta até tarde da noite. Comi todas elas, posso lhes garantir.



E já nesta idade pude começar a diferenciar "bundas" de "bundões", estes detestáveis espécimes masculinos que sofrem da falta de testosterona e atitude. Por exemplo, tem um cara que não engulo até hoje, que é o tal do Zico. O cara, no Maracanã lotado, pegava a bola e ia para cima. Mas, fora do Rio, onde os juízes eram mais condescendentes com as chegadas dos zagueirões adversários, o "Galinho de Quitino" botava ovo. Por isto, ganhou a alcunha nada lisonjeira de "jogadorzinho de Maracanã", termo que até hoje enfurece qualquer torcedor de qualquer time do Rio. Zico, um bundão.

Outro bundão que não me passa é o Tite, dublê de pastor e evangelizador do Inter. Para começar, se tenho este apelido que, em si só, já é um atestado de bundês como membro honorário da classe, saio no braço qualquer que seja o tamanho do malandro. "Tite é o car@740!!! VTF, FDP!", é o mínimo que o cara deveria soltar, mas o bundão gosta de ter nome de bundão. Para completar, ele tem cara, postura, conversa... tudo!, absolutamente tudo de bundão! Ele parece aqueles tiozão que todos da família conhecem e têm pena de sua triste história, que já foi apaixonado por uma gatíssima, estavam noivos, de casamento marcado, e no dia do casamento ele pegou a gata, atrás da igreja, fazendo algo nada edificante (dependendo do ângulo e do protagonista, claro!) com um dos padrinhos. Aí virou na giraia, entrou para o seminário, tentou virar padre, mas nem para isto foi homem o suficiente. Ou seja, foi bundão até para virar padre.

Então, bundólatras e tarados de todo o Brasil, é isto aí, é o que me veio à mente ao conhecer o BMM. Na verdade, conhecer não é bem o caso, porque nem li de que se trata o blog, apenas me detive admirando as "figurinhas". Bom gosto, afinal, o pessoal do blog tem. E desconfio de quem consegue ler o que está escrito em qualquer lugar deste blog, principalmente um texto longo e desinteressante como este.

Encerro com um grito de guerra:
ABAIXO OS BUNDÕES!
VIDA LONGA ÀS BUNDAS, PAIXÃO NACIONAL!
Que bundas me mordam, e macacos mordam as gazelas!
E VIVA O blog Bundas me Mordam!

Marco Aurélio Castaldo Andrade
Maringá-PR

6 comentários:

Fabiano- POA-Germany disse...

Marco, ficou afudê o texto!!! Sou um pouco mais novo, não cheguei a descascar pelas chacretes!!!KKKK!!!
Abraço

Guilherme CB disse...

Parabens Marco, show de bola..

A gretchen e a cadillac só sobrou a história e cara feia de hoje em dia.

uhauha

Alexandre R. disse...

Gretchen, conga la conga e a cadillac eram de sonho de consumo da gurizada.
E olha, minha tara pela rita cadilac só acabou quando vi ela no filme Carandiru fazendo a dança da garrafa....

Marimas disse...

Muito bom Marco, divertido do início ao fim... hehe

Long life ao BMM...

Almilano disse...

ahahahaah

Esse MArco é uma figurassaaaaa show d ebola o texticulo.

Vaza bundao heuheuh

col disse...

show de bola